SUCESSÃO EMPRESARIAL: O dilema das empresas de família


SUCESSÃO EMPRESARIAL: O dilema das empresas de família

SUCESSÃO EMPRESARIAL:
O dilema das empresas de família

A sucessão é um tema muito importante nos tempos atuais porque nós já estamos vivendo a transição de diversas gerações no país. Iniciando na fase industrial, dos anos 50 a 70 do século passado na área industrial, e agora já estamos vendo toda uma onda de empresas de startups, que no fundo são empresas familiares em início.

Então no tema da sucessão as estatísticas internacionais mostram (e aqui também no Brasil) que apenas 3% das empresas conseguem chegar até a 4ª geração e cerca de 30% das empresas não conseguem fazer a transição da 2ª para a 3ª geração. Só por estes indicativos mostra a importância de nós dedicarmos um tempo nesse tema.

Quais são as fases de desenvolvimento das empresas?

A primeira fase da empresa é aquilo que a gente chama de Empresa Familiar. Como se caracteriza? É uma gestão basicamente emocional e intuitiva, geralmente orientada pelo fundador. Ele é quem vai aproximando da empresa as pessoas de confiança, sendo geralmente os familiares. Por ter a energia do fundador muito presente nesta etapa. Ela faz um salto muito grande, se ela não morrer nos 2 primeiros anos, ela consegue chegar num estágio que começa a demandar da empresa novas qualidades e características.

Aquilo que era intuitivo e emocional, na próxima etapa, agora chama-se de uma gestão racional. Os processos que antes eram improvisados, talvez agora precisam ser racionalizados e definidos. A organização que era confusa, agora precisa ser estruturada. É o momento que nasce as áreas comerciais, de produção, administrativas e etc. Isso é chamado de empresa com Gestão Familiar. Já é orientada pelo sistema e processos da organização.

Isso vai avançando e a empresa pode bater em um outro limiar. E na continuidade do desenvolvimento a empresa atinge o nível de Governança Familiar. Talvez aqui, nesse momento, é que comece a nascer uma diretoria estruturada, um embrião de um conselho de gestão. A empresa recupera, neste estágio, características que tinha na fase pioneira, na fase intuitiva. Os processos começam a ser estruturados através da necessidade dos consumidores, sendo assim, orientada pelos clientes, com uma gestão consciente e integrada.

Agora já existem no mundo empresas que transitam pra isso que nós chamamos de Família Empresária, onde os interesses já são convergentes. A energia, a força, a criatividade e os valores da família chegaram até esse estágio porque trabalharam juntos. Essa fase é orientada pela sustentação e perenização do legado, com uma gestão de interesses e negócios convergentes da família.