A gestão de riscos na construção civil é o processo de identificar, avaliar e reduzir os riscos que podem impactar os projetos de construção.

Envolve uma análise detalhada dos potenciais problemas, como atrasos, custos adicionais e falhas de segurança, e busca implementar soluções para minimizá-los.

Quando aliada ao planejamento estratégico, esse gerenciamento proporciona proatividade, permitindo que os gestores antecipem problemas e adaptem o projeto conforme necessário. Sem essa gestão, os riscos podem se materializar de maneira descontrolada, gerando custos elevados, atrasos e comprometendo a qualidade do trabalho.

Neste artigo, conheça os tipos de risco na gestão de construtoras e incorporadoras, os principais benefícios e quais são as ferramentas mais utilizadas para um bom gerenciamento. Confira!

>> Baixe o nosso ebook e saiba como ter bons resultados ao longo do próximo ano com um planejamento estratégico.

A importância da gestão de riscos na construção civil

A gestão de riscos é um processo estratégico que envolve o mapeamento, a análise e a redução de possíveis eventos que possam impactar negativamente um projeto ou negócio. 

Na construção civil, essa prática identifica ameaças tanto no canteiro de obras quanto no ambiente administrativo.

Embora o foco geralmente recaia sobre os riscos operacionais nas obras, como acidentes de trabalho e falhas estruturais, é igualmente necessário aplicar a gestão de riscos no escritório. 

Isso inclui analisar aspectos financeiros, contratuais e regulatórios que possam comprometer a viabilidade e sustentabilidade do negócio.

Quando integrado e amplo, esse tipo de gerenciamento garante a segurança física no canteiro de obras, a estabilidade administrativa e a continuidade das operações.

Os tipos de risco na gestão de construtoras e incorporadoras 

Na gestão de construtoras e incorporadoras, os riscos financeiros incluem problemas como fluxo de caixa insuficiente, inadimplência de clientes e aumento inesperado nos custos de materiais.

Já os riscos regulatórios envolvem o descumprimento de normas, atrasos em licenças e multas por não conformidade com legislações. Os riscos operacionais abrangem falhas no planejamento, atrasos em cronogramas, acidentes no canteiro de obras e baixa produtividade. 

Descobrir e diminuir essas ameaças assegura a saúde financeira, o cumprimento de obrigações legais e a eficiência dos projetos. Um gerenciamento estratégico reduz impactos negativos e mantém a sustentabilidade do negócio.

>> Assista ao Hinc Talks: Gestão de Risco no Desenvolvimento Estratégico

Benefícios da gestão de riscos eficiente na construção civil 

Ao mapear, analisar e diminuir riscos, empresas da construção civil podem operar com mais segurança e rapidez. Entre os principais benefícios dessa prática estão:

• Redução de custos imprevistos: a identificação antecipada de riscos evita gastos inesperados com retrabalhos, multas ou acidentes;
• Tomada de decisão assertiva: análises detalhadas dos riscos proporcionam informações claras para decisões estratégicas;
• Melhoria da credibilidade com investidores e stakeholders: demonstrar controle de ameaças e aumenta a confiança de parceiros e investidores;
• Maior eficiência nos projetos: o planejamento permite otimizar cronogramas, recursos e processos;
• Conformidade regulatória: garante que a organização atenda às normas legais, evitando penalizações e interrupções nas obras;
• Diminuição de acidentes no trabalho: medidas preventivas protegem colaboradores e promovem um ambiente mais seguro.

Como incorporar a gestão de riscos ao planejamento estratégico

A incorporação da gestão de riscos ao planejamento estratégico permite que empresas da construção civil desenvolvam projetos mais seguros e sustentáveis.

Essa integração garante maior controle sobre os desafios e alinhamento com os objetivos organizacionais. Confira o passo a passo para aliar esses processos:

1. Identificação de riscos: liste potenciais ameaças em todas as áreas, como operacionais, financeiras e regulatórias, considerando cenários internos e externos;
2. Avaliação e priorização de ameaças: analise a probabilidade e o impacto de cada risco, classificando-os por nível de criticidade para focar nos mais relevantes;
3. Planejamento de respostas: desenvolva estratégias para reduzir, transferir, aceitar ou eliminar os ameaças  identificadas, com planos de ação claros e responsáveis definidos;
4. Integração ao planejamento estratégico: alinhe as ações de gestão de riscos com os objetivos organizacionais para que a empresa esteja preparada para superar desafios;
5. Monitoramento contínuo: implemente operações de acompanhamento para descobrir mudanças nos riscos e garantir a eficácia das respostas planejadas;
6. Engajamento das equipes: envolva todos os setores para garantir uma visão ampla e um ambiente colaborativo.

>> Baixe a nossa planilha de plano de ação para construção civil e saiba como criar planos de ação que ajudem a superar os desafios do dia a dia.

Ferramentas para a boa gestão de riscos na construção civil 

Existem diversas metodologias e ferramentas que auxiliam na análise e gestão de riscos na construção civil, proporcionando maior segurança e rapidez aos projetos. 

Assim, é possível identificar, avaliar e reduzir riscos de forma estruturada. A seguir, apresentamos as mais utilizadas no setor.

Matriz GUT 

A Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) é aplicada na gestão de riscos na construção civil para priorizar problemas com base em critérios objetivos. Cada ameaça é avaliada quanto ao impacto, necessidade de solução imediata e potencial de agravamento.

Essa ferramenta permite focar nos riscos mais críticos, otimizando recursos e aumentando a agilidade do gerenciamento.

What if

A metodologia What If consiste em levantar cenários hipotéticos na gestão de riscos na construção civil, perguntando “E se?” para descobrir possíveis falhas e seus impactos.

Trata-se de estimular a equipe a prever situações adversas, avaliar consequências e propor soluções preventivas. Seus benefícios incluem a antecipação de problemas, melhoria na segurança e maior controle operacional.

Análise preliminar de riscos  

A Análise Preliminar de Riscos (APR) na construção civil identifica e avalia potenciais perigos antes do início das atividades. O processo envolve listar tarefas, mapear riscos associados e implementar medidas preventivas.

As vantagens incluem maior proteção no canteiro de obras, redução de acidentes e maior agilidade operacional.

PFMEA

A PFMEA (Process Failure Mode and Effects Analysis) é aplicada na construção civil para identificar falhas potenciais em processos e avaliar seu impacto. O método analisa cada etapa do projeto, atribuindo prioridades aos riscos mais críticos.

Os benefícios incluem maior controle de qualidade, redução de retrabalhos e melhorias na execução do projeto.

>> Deseja conhecer mais ferramentas importantes para a gestão da construção civil? Baixe o nosso guia prático de ferramentas de dados para líderes de construtoras e incorporadoras.