Uma gestão financeira eficaz é fator-chave para o sucesso de qualquer empresa. Controle de gastos, planejamento financeiros e custos e receitas são apenas alguns dos aspectos que devem estar na ponta do lápis dos gestores financeiros.
Em setores como a construção civil isso é ainda mais importante. Isso porque construtoras e incorporadoras lidam com uma grande quantidade de variáveis e a execução dos projetos depende de toda uma cadeia que deve estar alinhada, em sincronia e com processos bem implementados, principalmente nos lançamentos financeiros.
Nesse sentido, conhecer os custos fixos e variáveis do negócio é uma das formas de controlar melhor o fluxo de caixa e ter mais previsibilidade para projetar cenários.
Por isso, neste post, vamos conhecer mais sobre esses custos e como calculá-los. Boa leitura!
O que são custos fixos e variáveis
Parte do trabalho de gestão financeira passa por categorizar corretamente os custos envolvidos nas operações da empresa. Isso inclui a produção de seus produtos e/ou o desenvolvimento de seus serviços, bem como despesas gerais.
Os custos fixo e variável podem impactar diretamente nas estratégias de precificação, pois o cálculo da formação de preço também deve considerar custos de produção, salários, despesas, entre outros elementos envolvidos na produção/desenvolvimento. Isso, por sua vez, influencia em outras decisões importantes para a saúde financeira da empresa, como a margem de lucro.
Isso posto, é importante conhecer as especificidades de cada tipo de custo:
Custo fixo
Custo fixo é, como o nome sugere, as despesas que independem do desempenho produtivo da empresa. Em outras palavras, esse tipo de custo mantém-se relativamente estável, seja qual for o volume de vendas registrado no período.
Os custos fixos abrangem a remuneração dos colaboradores, o aluguel de imóveis e equipamentos, manutenção, despesas com a produção e/ou com a execução de serviços, e até mesmo contas de luz, telefone e internet.
Custo variável
Os custos variáveis, por outro lado, variam de acordo com as vendas do negócio. Se elas aumentam, os custos também se elevam.
Afinal, a produção de mais unidades demanda um uso maior de matéria-prima, assim como a execução de mais serviços envolve a contratação de mão de obra, gastos com deslocamento etc.
Essa categoria também pode envolver gastos como comissões, reembolso de despesas, viagens a trabalho e custos com logística e entrega.
Leia mais: Como um indicador de fluxo de caixa traz previsibilidade para a construção civil?
Diferenças entre custo fixo e custo variável
Existem custos que podem ocupar uma zona intermediária entre fixo e variável, gerando dúvida na hora da realização dos lançamentos financeiros.
É o caso, por exemplo, de uma empresa que depende do uso de energia elétrica e/ou água para produzir. Nesse caso, conforme a produção aumenta, esses gastos também se elevam.
Dessa forma, custos que poderiam ser entendidos como fixos, como a conta de água e luz, passam a sofrer influência direta do aumento da produtividade do negócio. Ou seja, na verdade, são custos variáveis.
Isso mostra como a diferença entre custo fixo e variável não é definitiva e vai depender da atividade da empresa.
O exemplo acima encaixa-se muito bem no setor da construção civil. Isso porque decisões como aumentar o ritmo de execução de um projeto ou ampliar o leque de empreendimentos acarretam, necessariamente, no uso mais acelerado de recursos.
Assim, os custos com matérias-primas e até mesmo pessoal acabam flutuando de acordo com a demanda e o cronograma estabelecido pela empresa.
Leia mais: Como criar uma cultura de dados e ser data driven no planejamento na construção civil?
Dicas para calcular os custos da sua construtora
Para calcular tanto o custo fixo quanto o custo variável é necessário, antes de tudo, listar todos os gastos envolvidos nas rotinas do negócio. É preciso abranger tudo o que a empresa gasta mensalmente, da conta de água aos insumos indispensáveis para a concretização do projeto.
É recomendado que haja uma indicação em relação à frequência: o custo em questão acontece todos os meses ou foi algo excepcional? Ele vai se repetir? Houve alguma variação em função da produção?
Essa base é fundamental para prosseguirmos com os cálculos. O custo fixo é mais simples: basta somar todas as despesas fixas e dividi-las pelo faturamento. O resultado deve ser multiplicado por 100 para obtermos um percentual.
Exemplo: um negócio identificou custos que independem da sua produção na ordem de R$100 mil por mês. O faturamento no mesmo período foi de R$500 mil.
Portanto, temos:
Custos: R$100.000
Faturamento: R$500.000
Custo fixo = 100.000 / 500.000 = 0,20
Custo fixo = 0,20 x 100 = 20%
No caso do custo variável, a lógica é a mesma: basta somar as despesas variáveis em um período específico e dividi-las pelo volume de produção.
Exemplo: um negócio registrou custos que variaram com seu desempenho na ordem de R$5.000. Esse valor foi utilizado para produzir 100 unidades.
Custos: R$5.000
Unidades produzidas: 100
Custo variável: 5.000 / 100
Custo variável: R$50 para produzir cada unidade
A partir do custo fixo e variável, é possível calcular o custo total. Para isso, basta somar os custos variáveis totais e os custos fixos totais de um mesmo período.
O cálculo de todos os tipos de custos envolvidos na produção da empresa é fundamental para uma gestão eficaz e para manter a saúde financeira do negócio em dia. E ao registrar os dados mês a mês, a organização ganha a capacidade de prever custos e resultados com mais precisão.
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Nele, abordamos desde o conceito de previsibilidade financeira até os passos para aplicá-la na prática. Também explicamos como o Hinc pode ajudar a sua empresa a aumentar sua capacidade preditiva e, assim, conquistar seus objetivos.