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O que é e como utilizar a Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?

29.12.2022
Taxa mínima de atratividade

A taxa mínima de atratividade (TMA) é um indicador que revela o valor mínimo que se espera obter em relação a um investimento. Geralmente, calcula-se com base em um período específico, como mês ou ano.

Na construção civil, essa taxa é calculada para avaliar se um projeto ou empreendimento é economicamente viável ou não, e qual será a rentabilidade que poderá ser obtida em cima do investimento para executar esse projeto.

Sendo assim, a TMA está diretamente ligada aos riscos de cada projeto, sendo uma métrica fundamental para guiar a tomada de decisões. Projetos mais arriscados, por exemplo, possuem uma taxa mínima de atratividade mais elevada.

Assim, é a partir de uma avaliação detalhada de riscos que avalia-se a viabilidade econômica do investimento. 

Curiosamente, a taxa mínima de atratividade também pode ser analisada de outra perspectiva. Isso porque a TMA pode ser considerada o valor máximo que a empresa pode pagar por um financiamento.

Como funciona a Taxa Mínima de Atratividade?

A taxa mínima de atratividade está diretamente relacionada a outra métrica essencial para os negócios: o retorno sobre investimento (ROI). E o motivo é claro: na análise de qualquer investimento, é necessário definir uma taxa de retorno mínima. Afinal, não se investe em um projeto para perder dinheiro.

Dessa forma, a TMA é um importante parâmetro para avaliar, como o nome sugere, a atratividade de uma empreitada, para avaliar se os riscos financeiros associados a esse projeto valem a pena. Com ela, se determina a meta econômica que deve ser alcançada.

Não à toa, a taxa mínima de atratividade depende de diferentes fatores, que vão desde aspectos macro, como a taxa de juros praticada no país, quando as oportunidades de expansão daquele projeto.

Para que sirva como parâmetro de viabilidade econômica, a TMA deve ser analisada em conjunto com a Taxa Interna de Retorno (TIR).

A relação é simples: o investimento será considerado viável quando a TIR for maior que a Taxa Mínima de Atratividade, pois isso fará com que o Valor Presente Líquido (VPL) se torne positivo. O contrário também é verdadeiro e desaconselha-se realizar o investimento.

Por outro lado, em caso de que TIR e TMA se igualem, fica a cargo da empresa decidir correr o risco ou não.

Ela também pode ser usada como parâmetro para avaliar se um investimento foi bem-sucedido ou não. Para isso, devemos analisá-la ao lado do ROI. Quando o retorno real for maior que a TMA, podemos afirmar que a empreitada será bem-sucedida. Caso contrário, trata-se de um forte indicativo de que o investimento não deve ser feito.

Leia mais: Principais indicadores financeiros na construção civil

Como calcular a TMA?

O cálculo da taxa mínima de atratividade não é dos mais simples. Isso porque entram diversas variáveis nas contas para se encontrar o resultado (que é apontado em porcentagem), incluindo o tempo.

Ter isso em mente é muito importante, pois não há uma TMA única, isto é, não há uma fórmula específica para calcular esse indicador.

Cada projeto tem sua própria taxa de atratividade e cada empresa define os índices que serão levados em consideração para seus cálculos. Geralmente, ela vai depender de fatores como:

  • Liquidez do investimento;
  • Risco do negócio;
  • Taxa de juros (Selic);
  • Custo de capital;
  • Custo de oportunidade.

Importante ressaltar que, como se trata de uma projeção, a TMA não é uma certeza. Por isso, como vimos, ela costuma ser avaliada em conjunto com outros indicadores.

É fundamental que seja estimada uma taxa o mais precisa possível. Se ela for muito elevada, projetos potencialmente rentáveis podem ser rejeitados. Da mesma forma, uma TMA muito baixa pode levar à aceitação de projetos deficitários.

Por que utilizar a TMA na construção civil? 

Indicadores como a taxa mínima de atratividade são importantes para que tanto a empresa quanto seus clientes tenham certeza do melhor momento e do melhor projeto para investir.

Vemos 2 contextos de utilização da TMA: um para construtoras e incorporadoras e outro para clientes e investidores.

Do lado das construtoras e incorporadoras, isso é essencial para que o planejamento financeiro, incluindo o orçamento, seja feito com mais precisão e assertividade, considerando o retorno esperado.

Assim, as empresas da indústria da construção podem se concentrar nos empreendimentos que apresentam maior potencial de rentabilidade. Isso ajuda a embasar a tomada de decisões e a tornar os investimentos mais seguros e racionais. Afinal, trata-se de uma métrica objetiva, criada com base em dados reais, sem achismos ou intuições.

Já do lado de clientes e investidores, a TMA é importante para que haja um alinhamento de expectativas em relação ao que estão investindo e aos riscos do projeto.

Ou seja, indicadores como a taxa mínima de atratividade são fundamentais para uma gestão financeira eficiente na empresa. Também são de suma importância para proporcionar uma previsão mais efetiva do futuro econômico do negócio.

Pensando nisso, preparamos o e-book Tudo o que você precisa saber sobre previsibilidade financeira na construção civil, em que nos aprofundamos nesse conceito e vemos as etapas para aplicá-la!

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