Uma das dores mais comuns do setor da construção civil são as perdas e desperdícios. A questão é que, a depender do porte do projeto ou da obra, a falta de controle sobre esses gargalos pode impactar significativamente na saúde financeira dos negócios, inclusive comprometendo a lucratividade.
Felizmente, os dados podem ajudar a contornar isto. Por meio do acompanhamento de indicadores de perda, construtoras e incorporadoras conseguem acompanhar processos, as etapas de execução, o desempenho do maquinário e do pessoal, entre outros fatores que permitem identificar as fontes desses desperdícios.
No entanto, para que isso traga resultados, é preciso saber onde procurar por esses gargalos e o que fazer para corrigi-los.
A seguir, vamos conhecer melhor sobre os indicadores de perda na construção civil e como eles podem ajudar a potencializar o lucro das empresas. Acompanhe!
O que causa perdas na construção civil?
Na construção civil, entende-se por perda ou desperdício a diferença entre a quantidade de material entregue e que de fato foi utilizada na execução da obra.
No entanto, existem autores que expandem esse conceito e entendem como perda tudo o que gera ineficiência, ou seja, que não agrega valor ao projeto. Nesse sentido, o desperdício poderia ocorrer devido ao mau uso, problemas na estocagem, falhas no planejamento, erros de comunicação, além, é claro, do uso excessivo de um recurso.
Como comentamos, entender quais são os tipos de perdas mais comuns na construção civil e suas causas é fundamental para poder acompanhar os indicadores de perda e traçar planos de ação para combater o problema.
E existem diversas fontes de perdas na construção civil, tais como
- Superprodução: quando se produz uma quantidade superior à necessária para uma obra e não se dá um destino adequado ao excedente.
- Transporte: ocorre em função do manuseio, uso e organização inadequados de materiais.
- Processamento: perdas que acontecem em função de processos ineficientes.
- Defeitos: quando o material produzido não alcance os padrões e qualidade estabelecidos e não podem ser utilizados.
- Movimento: refere-se ao manuseio por parte dos trabalhadores no canteiro de obras.
- Espera: são perdas geradas por operações que foram interrompidas ou adiadas.
- Estoque: advêm do mau controle dos insumos, gerando falta ou excesso, seja por dano ou espera.
- Substituição: recursos (humanos e materiais) de alto desempenho usados para atividades simples.
- Segurança: perdas em função de condições precárias de segurança, como lesões e mortes de trabalhadores e danos a equipamentos.
Leia mais: Planejamento Lean de obras: como reduzir desperdícios e otimizar a alocação de recursos
Quais são os indicadores de perda na construção civil?
Indicadores de perda são métricas que a construtora pode acompanhar para identificar os pontos de melhoria na sua operação. A partir da análise desses dados, é possível tomar medidas para aumentar a lucratividade do projeto.
Mais do que a questão financeira, porém, os indicadores de perda ajudam a:
- Aprofundar a compreensão sobre os processos da empresa e a forma como a gestão é feita;
- Facilitar o reconhecimento de pontos fracos e possíveis melhorias; Aqui, indicamos realizar uma análise SWOT, que funciona para qualquer área de uma empresa
- Melhorar a qualidade das entregas, garantindo também o cumprimento dos prazos.
Isso posto, existem muitos indicadores de perda que podem ser monitorados. Destacamos:
Material adquirido x material utilizado
Refere-se à diferença entre a quantidade total de material que foi comprada para a execução de uma obra e o que, no planejamento, foi identificado como necessário para concluí-la. A partir deste cálculo, é possível identificar se houve falhas em algum ponto do processo.
Leia mais: O uso de dados para redução de custos na construção civil
Tempo estimado x tempo real
Semelhante ao cálculo envolvendo os materiais, trata-se da relação entre o tempo previsto no planejamento da obra e o tempo que de fato levou para executá-lo.
Importante notar que o indicador tempo pode ser avaliado sob outras perspectivas. A construtora pode analisar, por exemplo, a proporção entre o tempo total e quantas horas foram efetivamente produtivas.
Seja como for, esse indicador é fundamental para apontar atrasos e fornecer informações ou para compensá-los nas etapas posteriores ou para evitar os mesmos erros em projetos futuros.
Horas de retrabalho x horas totais
Este indicador demonstra a relação entre homens-horas – isto é, o número de pessoas por hora trabalhada – e os serviços que foram efetivamente executados. Neste caso, trata-se de uma métrica de produtividade, ajudando a entender os esforços que foram dedicados a retrabalhos – que são, em suma, serviços que poderiam ter sido evitados.
Leia mais: Importância do indicador de desempenho na construção civil
Como otimizar o lucro monitorando os indicadores de perda?
O acompanhamento dos indicadores de perda na construção civil é essencial para uma gestão de obras eficiente. Afinal, monitorar essas métricas permite à construtora entender o cenário atual do projeto e estabelecer um plano de ação para solucionar os problemas encontrados nas suas análises.
Os planos de ação trazem as diretrizes para a execução de determinadas tarefas. Eles servem como suporte tanto para a identificação de problemas (e sua resolução) quanto para que as equipes consigam alcançar suas metas.
Esses recursos possibilitam a construtoras e incorporadoras uma maior taxa de acerto na tomada de decisões e uma gestão de obras mais eficaz (esforços e recursos).
No entanto, vale notar que esse trabalho baseado em dados depende de indicadores confiáveis e de um acompanhamento eficaz dos planos de ação. Ferramentas especializadas na construção civil, como o Hinc, fornecem uma interface intuitiva, com dashboard financeiro, de engenharia, de vendas e de performance, que permitem monitorar cada etapa do plano e a evolução de cada indicador.
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